quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Canteiro de Saudades, de Coelho Netto, é um dos temas do VII Festival Geia de Literatura, que acontecerá em agosto de 2011.

O Instituto Geia, que promove todos os anos o Festival Geia de Literatura, na cidade de S. José de Ribamar – MA, escolheu como um dos livros temáticos da gincana que ocorre no referido evento, o livro Canteiro de Saudades, do Imortal escritor Henrique Maximiano Coelho Netto (1864-1934), cuja a nova edição foi lançada pela Café & Lápis Editora em março de 2010.
O livro, que reúne algumas memórias da infância de Coelho Netto, foi publicado em Portugal no ano de 1927, sendo que a edição de 2010 é a primeira desse livro em solo brasileiro.

Informou o Instituto Geia que os livros adquiridos à Editora serão distribuídos entre as escolas do município de S. José de Ribamar, como fonte de estudo para os alunos que participarão da gincana.

Nossos agradecimentos à Comissão que elegeu o livro acima citado e à direção do Instituto Geia pela sua ratificação.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Entrevista com o escritor e professor José Neres


José Neres - Professor e escritor, Graduado em Letras pela UFMA e Pós-graduado em Literatura Brasileira pela PUC-MG, mestrando em Literatura pela Universidade Católica de Brasília, professor da Faculdade Atenas Maranhense, e autor das seguintes obras: Negra Rosa e Outros Poemas; A Mulher de Potifar; Poemas de Desamor; 50 Pequenas Traições; Estratégias para Matar um Leitor em Formação; Montello: O Benjamim da Academia; O Discurso e as Ideias (com Dino Cavalcante); Os Epigramas de Artur (com Dino Cavalcante), O Último Desejo da Catirina, Sombras na Escuridão; Tábua de Papel: estudos de Literatura Maranhense (org.), e de centenas de artigos em jornais e revistas. A entrevista seguinte se deu via correio eletrônico:

CAFÉ & LÁPIS - Quando foi que você decidiu que ia cursar letras na faculdade, ser escritor, professor, essa coisa toda com a literatura?
JOSÉ NERES - Sempre gostei de ler e de escrever. Embora tenha feito curso técnico no outrora segundo grau e de ter pensado em seguir na área de engenharia, decidi que a carreira o magistério seria a carreira mais adequada para mim, apesar de minha timidez crônica. Quando chegou a hora do vestibular, eu estava dividido entre as letras e a matemática. Naquela época havia a primeira e a segunda opção de curso e foi nessa ordem que marquei na hora da inscrição. Passei para Letras e, depois de formado, fiz vestibular para Comunicação Social. Fui aprovado, mas não cheguei a concluir esse outro curso.
Mesmo vindo de uma família humilde, sempre gostei de ler e costumava ganhar livros em datas comemorativas. Isso contribuiu bastante para desenvolver meu gosto pela literatura e para escolher Letras na Universidade. Quanto a tornar-se escritor, isso não se escolhe, mas creio que o amor pela palavra escrita faz com que deixemos de ser apenas leitores e comecemos a mostrar nossas produções.

C & L - Quais foram as suas influências, tanto pessoais quanto conceituais?
JN - As influências foram várias. Muitos professores. Muitos amigos. Muitas leituras. Não posso negar que a prosa de Borges, Arlt, Calvino, Rubem Fonseca e Fernando Sabino, a poesia de Gullar, Drummond, Antonio Machado, Nauro Machado e José Chagas, bem como o teatro de Plínio Marcos, Buero Vallejo e Nélson Rodrigues tiveram grande impacto na minha forma de ver a palavra escrita. Mas há diversas outras influências que nem mesmo eu percebo na hora de escrever.

C & L - Quais seus autores e livros preferidos?
JN - O primeiro livro que li foi A Tulipa Negra, de Alexandre Dumas. Isso quando eu estava com uns oito anos de idade. De lá para cá foram muitas leituras e inúmeros autores. Alguns não deixam de frequentar minhas leituras cotidianas, como é o caso de Neruda, Borges, Cortázar, Camus, Guimarães Rosa, Marguerite Duras, Isabel Allende, Rubem Fonseca, Ferreira Gullar, Vinícius de Morais, Clarice Lispector, Graciliano Ramos, Augusto dos Anjos, Josué Montello, Aluísio Azevedo, Mia Couto e tantos outros.
Entre os livros que li, alguns me impressionaram bastante. Foi o que aconteceu com São Bernardo, de Graciliano Ramos; A Hora e a vez de Augusto Matraga, de Guimarães Rosa; Em La ardiente oscuridad, de Antonio Buero Vallejo; Poema Sujo, de Gullar, e Os Tambores de São Luís, de Josué Montello.

C & L - Fale-nos do seu trabalho como escritor.
JN - É um trabalho solitário. Um artigo aqui, um livro ali e assim vai. Hoje em dia, a internet e os jornais ajudam mais na divulgação de meu trabalho que os livros propriamente ditos. Alguns textos conseguem atingir um público maior, como é o caso de Estratégias para Matar um Leitor em Formação, que teve ótima acolhida e que até hoje desperta bastante interesse dos educadores, e também das 50 Pequenas Traições, que, pelo assunto abordado, atrai bastante o olhar dos leitores. Alguns artigos publicados em jornais e revistas também fazem algum sucesso, acontece com o artigo sobre o Hem-hem do falar maranhense e alguns sobre educação e outros sobre literatura. Mas o público leitor em nosso estado ainda é pouco e tímido. No Maranhão não faltam escritores, mas, sem dúvida há uma carência de leitores. Desse modo, todo trabalho de escrita esbarra invariavelmente na barreira da falta de divulgação e na escassez de análises críticas.

C & L - E de seus sonhos a curto e médio prazo.
JN - Na verdade, há algum tempo parei de sonhar a médio prazo. Tenho deixado as coisas acontecerem. Simplesmente tenho deixado acontecer. Mas a curto prazo tenho o interesse em concluir alguns projetos que ficaram pendentes, como é o caso do livro As Múltiplas Cores do Batom, um estudo sobre as mulheres que escrevem ou escreveram no Maranhão.

C & L - Já tivemos algumas parcerias, como o "Colóquio dos 75 anos de Morte de Coelho Netto e Humberto de Campos" (2009) e a "Jornada Tábua de Papel - Literatura Maranhense" (2010), além, é claro, da coletânea "Tábua de Papel", que você brilhantemente organizou. Que representou tudo isso?
JN - A parceria com a Café e Lápis, editora representada por seus proprietários, Germana e Claunísio, tem sido sempre proveitosa para ambas as partes. O "Colóquio dos 75 anos de Morte de Coelho Netto e Humberto de Campos" foi um sucesso, com grandes discussões acerca da vida e da obra desses dois grandes autores das letras maranhenses e a "Jornada Tábua de Papel - Literatura Maranhense", que foi resultado da organização do livro “Tábua de Papel” reuniu estudiosos de diversos aspectos da literatura maranhense, juntando pesquisadores já consagrados com alguns que começam sua caminhada no mundo da análise crítica de obras literárias.

C & L - Fale, exclusivamente, do livro "Tábua de papel: estudos de literatura maranhense", do desafio que foi produzi-lo e da sua importância em nosso contexto cultural.
JN - Houve mais prazer em produzir o trabalho do que desafios. Claro que em alguns momentos a antologia emperrava por conta de alguns autores que não cumpriam prazos ou que esperavam o prazo vencer para finalmente declararem que não tiveram condições de produzir o artigo. Mas tudo isso estava de alguma forma previsto. Dos dez autores inicialmente convidados, apenas quatro entregaram o artigo. Tivemos então que recorrer para outros estudiosos. A grande vantagem é que sempre havia a credibilidade do nome do organizador e da editora, então os pequenos atrasos foram compreendidos por todas as partes envolvidas na produção do livro. No final, o sucesso foi visto no lançamento e continua na procura da obra nas livrarias.

C & L - Por fim, deixe uma mensagem à Café & Lápis Editora, que está prestes a completar dois anos de existência, e a todos os seus seguidores, colaboradores e amigos.
JN - São Luís estava precisando de uma editora com o porte e a seriedade da Café e Lápis, para produzir e colocar no mercado as obras de autores consagrados, mas que não estavam disponíveis nos catálogos e dos autores novatos, que precisam de divulgação. Então só posso desejar que a Editora e seus dirigentes continuem firmes no mercado e que possam semear mais leitura na vida de nossos conterrâneos.



A Café & Lápis agradece a generosa
colaboração do ilustre escritor.

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sábado, 8 de janeiro de 2011

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